Ao longo dos largos meses de preparação que antecederam as filmagens do filme em que viriam a colaborar - Uma Curta de Amor – Diana de Castro Loureiro e João Paulo Simões estabeleceram uma comunicação periódica. Num diálogo dito incompleto, mas revelador, a actriz, pintora e pensadora questiona e desafia o realizador, que vem assim expôr certezas, receios e a sua forma particular de abordar o Cinema...

Diana de Castro Loureiro: O que esperas de um intérprete? O que anseias receber dos teus actores?

João Paulo Simões: Quando me acerco e eventualmente estendo a mão, estou a fazê-lo á pessoa que o actor em questão é.
Baseia-se no acreditar que essa pessoa pode ser outra - ou mais do que si própria - dentro do contexto que me predisponho a elaborar. É, simultâneamente, um depositar de confiança e acto de fé.
Reside aí talvez o meu interesse em "não-actores" também. Existe algo de fascinante na conjugação de seres treinados para o ofício com outros que adentram as realidades que formulo de forma mais desprotegida.
É um desafio constante, afinar a contribuição de cada um para que estejam todos no mesmo tom - a representar no mesmo filme, portanto. Acabam por ser todos instrumentos cuidadosamente seleccionados para a composição/arranjo/orquestração que está prestes a ganhar forma.
O actor é o lado mais delicado daquilo que é fazer Cinema. Quase tudo o resto se controla, adapta ou incorpora. No actor, reside a incerteza humana - em si uma ferramenta a ser calibrada, mas que pode ser a anátema do poder que o realizador quer acreditar (e precisa que os demais acreditem) que tem.
Interessam-me actores destemidos, mas cheios de medos secretos. Que não hesitem em trabalhar as suas contradições mais pessoais. Que possuam um forte auto-conhecimento (que aceitem e saibam trabalhar as suas eventuais hipocrisias, por exemplo). E que esta franqueza os leve mais além, para além do que julgam ser capazes... Trabalhar comigo é um convite a esculpir algo maior com a frágil matéria da vulnerabilidade.

DCL: Acho interessante que no processo de escolha de elenco sejas tão sensível ao que a pessoa é independentemente da vertente académica ou profissional, de ser actor ou não. O que também te interessa portanto é acreditar ou apostar no ser humano para além do técnico, do artista assumido... Um depositar de confiança e de fé, como caracterizas essa aposta. Ter fé no outro em qualquer dos aspectos da nossa vida é algo que se sente quase místico, é assim que profissionalmente também vês essa fé, como uma experiência a um nível superior, começando desde logo por uma distinta escolha de intérpretes?

JPS: Existe um constante sublinhar místico na minha existência. Extensivo portanto à minha arte. Não sou religioso e nem excessivamente supersticioso, mas vejo a fé, que escolho depositar no próximo, como um acto de humildade. E acho que a humildade é um dos principais veículos para se chegar a um nível superior. A única Criação em que realmente acredito é a nossa – dos seres humanos que se entregam a uma vocação. O processo criativo, a expressão verdadeira do que temos em nós (dentro ou para além do conhecimento) são formas de roçar algo puro, maior e mais acima. Algo que é comum a todos – por mais abstracto que possa parecer na abordagem – e que, portanto, faz sentido perscrutar no outro. Naquele que vai ser o intérprete da minha verdade...

DCL: Como o actor que também és certamente saberás bem em que é que esta perspectiva também concorrerá para um desempenho especial.
Alargando ao grupo interpretativo referes a orquestra que este é, mas como se processa o ajustamento dos instrumentos uns aos outros, dos profissionais aos amadores, é algo que consigas definir, existem regras especificas?

JPS: Regras vão surgindo (e se dissipando) aos poucos. O fazer Cinema está repleto delas – que são essenciais ter presente (nem que seja para, quando necessário, as subverter). As que adicionamos, de filme para filme, serão melhor caracterizadas de metodologia pessoal. E nisto sim, baseio o meu trabalho com os actores. No caso dos actores formados e experientes, ajuda que tenham consciência das suas ferramentas e não muito mais. O convite implícito que faço é que não se limitem ao que conheceram até então. Só assim poderão aprofundar e chegar a lugares novos e inesperados.
No que diz respeito aos não-actores, o meu dosear de direcção é ainda mais apurado. Penetramos juntos e com cautela o contexto fictício e tento estar o mais presente possível, enquanto, paradoxalmente, existe o esforço de verbalizar não mais do que o essencial. Pelo menos a um nível técnico.
O que tanto um como o outro precisa de ir aceitando ao longo do processo é que são instrumentos numa orquestração maior que eles (que inclui atmosferas sugeridas por ângulos e enquadramentos, sombras e texturas), E, assim sendo, necessito, como realizador, de uma concentração ferozmente constante. De uma convicção inabalável no que estou a expressar. Só assim pode ser mantida a coerência total e absoluta.

DCL: Um actor é uma renda frágil, o espaço humano onde se borda a narrativa, a insegurança desse rendilhado, assim como o amadorismo referido anteriormente são portanto inspiradores, sentes-te tu próprio seguro e inspirado ao trabalhar a fragilidade? E libertas o trabalho de actor ao ponto de este levar a alguma alteração no que está devidamente definido ou limitas esse movimento ao necessário?

JPS: Tenho paciência de monge. Manuseio a renda que referes com segurança, sim, mas com uma enorme delicadeza, também.
Vivo bem com incertezas. Com o desconhecido na Vida e, portanto, também no meu Cinema. Tendo em conta que essa fragilidade é talvez inerente ao que é incerto ou íntima de um familiar desconhecido, sinto-me extremamente atraído e inspirado por tal processo de criação. Sinto-me de luto, quando chega ao fim... Um luto que advém do fim de uma partilha na busca de um resultado comum.
Nessa partilha, reside precisamente uma curiosidade inesgotável da minha parte. Um desejo de continuar sempre a ver como o intérprete interpreta. Deixando-o ir mais fundo, mas sem nunca o deixar afogar ou perder de vista o essencial do pretendido.

DCL: A vocação é pois algo ilimitado e algo a que até a própria consciência é alheia. Mas num processo criativo estou de acordo quanto ao ser a humildade essencial para se chegar a um outro nível, um nível afinal muito humano que eleva quem se quer elevar ou quem pode, e que é provávelmente o caminho mais certo para se chegar à verdadeira consciência das coisas, do outro, para se chegar à consciência de cada ser humano, cada actor da nossa vida. Mas qual será então aquilo de que te abandonas para nesse processo? Não será que algo que tem a ver com o natural desejo de controlo que se esvai por entre essa condição a que te submetes?
Isto porque o sentido de humildade pode ser apreendido por condicionantes externas ou fazer naturalmente parte de nós desde que racionalmente nos entendemos. Ou então situamo-nos talvez num local psicológicamente intermédio em que as barreiras se esfumam, e em que se assumem as próprias contradições, essas ou outras, como acho que seja o meu caso, na vertente interpretativa e não só.

JPS: A realização em si é mais do que um processo de auto-descoberta. É uma disciplina que tem necessáriamente de nos tornar seres humanos melhores. Nesse sentido, aquilo de que me despojo são os detritos acrescidos da vida e as insuficiências mais pessoais. Tudo para que chegue ao outro, perante mim, e eventualmente a outros que nunca virei a conhecer.
Não vejo isto como uma antítese do controlo que priviligio. Apenas uma das formas de mais e melhor abranger. Sem nada impôr de mim, mas deixando as minhas impressões digitais bem visíveis.

DCL: As rendas da interpretação desfazem-se a todo o momento, assim as regras também se desintegram e por vezes deve ser difícil manter o rumo ou a direcção, tens encontrado actores ditos difíceis que optam pela interferência?

JPS: Existe uma muito natural tendência no actor para se considerar a si próprio criador ou, pelo menos, co-autor. Mas tal, só faz sentido até certo ponto. Cabe-me a mim saber o tom, o sentido, a abordagem, a forma pretendida. E muito disto vai para além do que o actor tem para contribuir ao nível técnico, da experiência ou do talento. Tenho encontrado, muito esporádicamente, interferências, sim, mas sei (por instinto ou habilidade natural) contorná-las, não perdendo de vista nem a fagulha inicial, nem o incêndio controlado que se pretende alcançar...

DCL: Quando uma criação, depois do luto criativo se torna autónoma, liberta do seu processo, como nasce em ti o projecto seguinte? Para além das influências materializáveis existe algo no teu pensamento de realizador que apoiado na vocação te desfie pedaços filosóficos e portanto mais abstractos em cada necessidade de um novo projecto?

JPS: A palavra “luto” não poderia ser mais adequada. Trata-se de algo que acontece em duas alturas muito específicas da feitura de um filme: quando terminam as filmagens (e vejo os meus actores voltarem a ser eles próprios, de forma mais permanente, e o último local a ser habitado e re-interpretado voltar à sua função rotineira) e, sim, quando termina por completo a pós-produção (e o trabalho é entregue ao mundo, que podemos apenas esperar que não seja cruel para com ele).
O meu ser regressa então aos padrões mais ou menos definidos, mais ou menos abstractos (mas dos quais sou íntimo) que me acompanham no dia-a-dia. No mais privado da minha essência. E deixa que a fórmula mais cativante chegue à superfície. Se me parecer sólida o suficiente, pego nela para a trabalhar. Se lhe faltar algo, por exemplo, ao nível narrativo, pondero a canibalização de algum outro elemento abstracto – que teria em si a raíz de um outro filme, mas que ao absorvido dentro da coerência presente, confere a autenticidade e o sentido de inesperado.

DCL: Assim como na minha alma de intérprete por vezes me deixo transportar por algo que não sei muito bem como definir mas que existe para além do espaço, como uma memória dessa mesma alma…
Dizes que vives bem com as incertezas, o desconhecido… O desconhecido influencia-te mais portanto… Não estará o desconhecido contido no que se pensa conhecer ou o desconhecido é sempre algo novo?
E que influência tem a cor no teu trabalho? O que te faz "ilustrar" a tua visão a preto e branco ou, por outro lado, o que te faz "ilustrá-la" a cores?

JPS: Acredito que tenhas razão em ponderar um latente desconhecido dentro do que conhecemos. Opero assim, aliás. Não numa busca incessante por desconhecidos hiperbólicamente exteriores a nós, mas num saber olhar para o reconhecível, expressando as questões e interrogações sem ser interpretativo. Deixando as respostas para quem as precisa...
O que dita o uso da cor (ou a ausência ou intensidade da mesma) está ligado exclusivamente ao que o projecto em si me comunica a um nível quase inconsciente e absolutamente instintivo. Como se o filme escolhesse, ele próprio como se quer vestir (ou despir). Apenas tenho que o escutar, respeitar e fazer justiça ao pretendido...

DCL: Para quem fazes o teu Cinema, qual seria o público que gostarias que fosse o teu? E em que medida é que procuras inovar ou surpreender um público?

JPS: Costumo dizer que o meu fazer Cinema é imbuído de esperança e que esta reside num querer acreditar que existem, algures, outros seres dotados de uma curiosidade infatigável. Uma curiosidade como a minha – o que portanto, numa resposta mais directa, quer dizer que o faço para mim.
Mas considero errado (ou limitador) que “comece e acabe em mim”. Existe, nas minhas narrativas, elaborações visuais e abstrações, um constante convite a decifrar. Suscitam sempre uma espécie de trabalho de detective cinéfilo que, contraditóriamente ou não, beneficia de alguma “virgindade” da parte do espectador. Ou seja, embora o considere quase impossível, o meu público ideal não deveria estar “corrompido” pelas filmografias acumuladas ao longo da sua experiência passiva de espectador.
Um público, portanto, que não apenas aprecie este ou aquele detalhe por mim formulado em relação ao que este ou aquele filme de outrém possa ter expressado.
Isto está longe de negar definitivas e palpáveis influências de outros cineastas no meu trabalho. Acontece por vezes mesmo criar referências mais ou menos explícitas aos meus antecessores. Mas, nesse sentido, não estarei meramente a homenagear cineastas e sim, mentes que admiro – alinhando-as com outras tantas que se expressam noutras áreas (como a Arquitectura, a Música, a Poesia...).
Acredito que o segredo da constante renovação e, consequentemente, inovação do Cinema como forma de arte esteja alojado algures dentro dos parâmetros do seu próprio exercício.
Selecciono sempre, nos meus filmes, o momento que considero certo para que a linguagem cinematográfica (e tudo o que a constitui) venha ao de cima sem artifícios. Uma busca pela pureza no método, talvez... Abandonando assim a ilusão que tanto eu como o espectador nos predispusémos, de certa forma, a seguir. Por vezes isto causa choque ou estranhamento, pois o público quer fantasia (ou uma identificação, mais ou menos rígida, com a realidade) e o que é puro, nem sempre é fácil de digerir... Mas considero vital relembrar que, tal como cada filme merece o tom certo (ao qual tudo o resto se acresce e complementa), cada instante de tempo no ecrã é uma construção e que, por vezes, pode ser fascinante vislumbrar os alicerces da mesma.
A inovação e surpresa, tal como por mim entendidas, estão assim longe de ser algo narrativo (ou circunscrito ao enredo). Porque o Cinema é tão mais do que isso...    

DCL: Depreendi das tuas palavras que essa esperança numa visão virgem de que dizes ser o teu Cinema imbuído partirá portanto daquilo que és, do que te caracteriza, e da consciente curiosidade que esperas e que projectas no público, mas não será essa esperança impossível ao não se conseguir excluir ninguém, nem o próprio cineasta, de influências e portanto de um passado?

JPS: Talvez me esteja a expressar dentro de alguma utopia artística ou, pelo menos, resguardando-me num ideal de público que não reflete a realidade em que vivemos. E talvez isso advenha do meu rebelar contra a postura geral de consumo (pois o excesso leva a constantes referências culturais – dentro de uma conveniente ausência de verdadeira cultura). Mas, simultâneamente, não encontro qualquer contradição se vier acrescentar que o Passado que evocas é vital neste processo.
Para mim, Cinema é memória. E se os meus filmes são memórias que deixo flutuar e propagarem-se mundo fora,  as de quem os aprecia passam a ser o interlocutor inconsciente nesta partilha...

DCL: A arte reflecte a globalidade, a realidade total a cada instante, mas não existirá apenas na contingência de sempre se encontrarem formas de reformular todas as, contínuas, memórias?
E em que medida é que na tua cinematografia o tempo e o espaço se destacam dos da realidade comum, acompanhando ou não o tempo e o espaço sociais?

JPS: Trazes ao de cima uma memória pessoal há muito submersa no meu oceano de vivências. Antes de ter enveredado com maior e mais afinco pela minha vocação, vivi (durante cerca de um ano) num limbo de pensamentos, ideias e formulações secretas. Não um limbo por estar perdido, mas por ser um período de transição e, assim sendo, de espera. Nesse ano, escrevi um romance intitulado Otomana.
Dentro do grupo selecto daqueles que o leram, houve quem tivesse expressado que o que certos capítulos nos apresentavam eram memórias primitivas. Que, sendo a memória igualmente genética, carregamos em nós pedaços de (in)consciência dos nossos antepassados mais primordiais. E que, nessas páginas, eu parecia ter acedido a este arquivo de uma forma imediata e pura.
Isto para dizer que acredito que mesmo o que consideramos ser muito nosso e privado ao nível das memórias sofre constantes reformulações, mas que, para mim, existe uma fonte comum – que tanto pode explicar muita coisa, como colocar muitas mais em questão. E que a arte, tal como a vejo e exercito, tenta engarrafar a água dessa fonte. Com o mínimo de contaminações possível...

DCL: O teu Cinema vive num âmago diverso ou prefere habitar aquilo que todos conhecemos, mas sob uma diferente perspectiva?

JPS: Essa é talvez a pergunta mais pertinente que me podem fazer nesta altura do meu percurso cinematográfico. Apesar de roçar um conceito que sempre me acompanhou, não tem resposta fácil, nem imediata.
Sempre acreditei que não é a função do Cinema retratar a realidade tal como ela é. Aliás, o chamado realismo social continua a causar-me uma irritação que ronda a urticária. Nada me parece limitar ou restringir mais a arte do que tal colete de forças que aqueles ditos cineastas com consciência voluntáriamente vestem.
Portanto, o meu trabalho tem sido caracterizado por uma busca pelo equilíbrio alquímico entre o que é reconhecível do tal tempo e espaço que habitamos e elaborações mais subjectivas, que se estendem ao tom, atmosfera ou comportamento das personagens. Interessam-me assim, formas não-óbvias de comunicar o que é ser humano.
Mas, a minha experiência profissional e maturidade pessoal têm me vindo a colocar em contacto com causas e resultados que são consequências muito específicas de realidades sociais e políticas. Se aliarmos isso ao meu progressivo interesse em incorporar cada vez mais elementos reais nas minhas narrativas, temos aqui bem mais do que uma resposta inconclusiva, mas diversas questões em aberto...

DCL: Ao restringires a inovação e a surpresa ao inesperado das circunstâncias significará isso que conscientemente resistes ao “descontrolo” do que se te poderá apresentar inconscientemente como novo?

JPS: Acho que não resisto ao novo na expressão artiística, pois agrada-me a surpresa e fascina-me o desconhecido, como terei dito antes.  Mas, talvez exista sim um semi-consciente calibrar daquilo que posso ou não controlar. Porque a coerência final é a minha maior prioridade e abertura a mais pode, com muita facilidade, a dissipar. Falamos de algo muito pouco tangível. Apenas comunicado em parte no acto de realizar. Ou melhor dizendo: na luta por materializar... 

DCL: Qualquer acto criativo puro é por natureza inovador e surpreendente pois formula-se e acontece nuclear a parâmetros e fronteiras da ilimitada imaginação, portanto em que medida é que a noção de “parâmetro do próprio exercício” exclui ou delimita o inesperado?

JPS: O excluir e delimitar são absolutamente inerentes a essa noção. Creio que o factor mais determinante a acrescentar (para maior entendimento do que é encarar o inesperado dentro do exercício cinematográfico) é a disciplina – que, por sua vez, é filha da relação (primordial, mas também, diria, homosexual) entre a dedicação e a vocação.

DCL: Um cineasta funciona como uma espécie de projector sobre as imagens e seus conceitos inerentes, que existem e que serão reorganizados, recriados por este, ou é bem mais o criador de imagens ainda não reveladas?

JPS: Todos queremos acreditar (uns mais do que outros) que criamos sempre de raíz. Que o que formulamos e como o materializamos não fora revelado até então. Mas, a autenticidade não é isso.
Na verdade, estamos todos a olhar para o que sempre aqui esteve, mas sempre de forma renovada, no confinar do nosso olhar ou visão pessoal.
Ao voltarmos atrás – ao que partilhei em termos de memórias primitivas – talvez encontremos a mais límpida das respostas. Mesmo que esta tenha um inesperado ou desconcertante ponto de interrogação como derradeira pontuação. E, uma vez mais, penetramos o território do que mais me fascina e me interessa explorar.
Se a expressão artística é uma constante oferta de verdades pessoais, a apreciação da mesma passa impreterívelmente pelo aceitar o convite a ver a Vida através de outros olhos.